NA GUERRA PRÉ-ELEITORAL VALE TUDO!

Nesta sexta, fui ao centro resolver uns probleminhas e havia algumas moças distribuindo alguns panfletos. Pensei que era um daqueles sobre senhoras aquinhoadas com o dom da premonição e que por um preço não tão módico, "tiram encosto", conseguem emprêgo, sorte grande, fazem retornar amores perdidos ou conseguem um novinho em folha. E por aí vai. Tem bobo prá tudo!.
Mas não era não! Era um panfleto face dupla assinado pelo vereador Aguilar Ribeiro. Um lado continha uma carta aberta ameaçando de processo um provinciano jornalista dono de um, segundo ele, jornaleco que faz apologia ao assassinato de jovens em nossa cidade usando vultosos recursos do município para tentar confundir a população com matéria caluniosas, difamatórias e sensacionalista, atacando familias e pessoas de bem.
O Vereador não cita nem o nome do jornalista, nem do jornal. Mas para bom entendedor... O jornalista é o Miziara e o jornal é "A Cidade" que em uma de suas últimas edições, acusou o vereador de possuir duas amantes, que não moram em Angra, empregadas como suas assessoras.
Talvez esta briga não acontecesse se não houvesse interesse político na coisa. Tempo de eleição é assim mesmo, vale até xingar a mãe, depois toma-se um cafézinho e voltamos às boas.

Já o outro lado do panfleto pareceu-me mais trágico e imediato. Nele o vereador diz que em uma reunião realizada em 8 de janeiro com a diretoria do Estaleiro Brasfels, estes levantaram a bola que o pagamento dos salários de fevereiro estariam ameaçados ou haveria pagamentos diferenciados. O que isto quer dizer: diferenciados? Será: engenheiro recebe, peão não? Ou funcionário Brasfels recebe, funcionários de empreiteiras não?
É preciso que o vereador venha a público explicar o que isto significa. Pode ser no plenário da Câmara dos Vereadores, já que a Câmara aprovou a isenção de impostos municipais para que a administração do estaleiro pudesse garantir com mais facilidade emprêgos para os moradores de Angra dos Reis.
Alega-se que as dificuldades financeiras atuais devem-se ao fato de a Petrobrás ter sido proibida de fazer pagamentos ao estaleiro. Será?
O município é credor e credor cobra até explicações!